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Plínio Salgado.
As ideias nucleares daquele Manifesto
são as seguintes:
1º) – Concepção espiritualista do
Universo e do Homem.
2°) – A Pessoa Humana, fundamento de
toda a construção social e nacional.
3º) – Expansão da Pessoa Humana,
dentro da harmonia social e excluída toda ideia de luta de classes, de raças e
de indivíduos entre si.
4º) – Unidade Nacional e grandeza da
Nação superando-se interesses particulares regionais, locais, partidários e
individuais.
5º) – Culto ao Princípio de
Autoridade e da Hierarquia Social segundo as normas institucionais e os valores
morais.
6º) – Nacionalismo baseado nas
tradições da Pátria, no culto à personalidade nacional, em contraposição ao
cosmopolitismo, ao capitalismo internacional socialista, à influência
estrangeira em nossos costumes.
7º) – Sustentação do Princípio da Propriedade
e da Livre Iniciativa, esta com as limitações impostas pelo bem comum.
8º) – Sindicalismo, corporativismo e
representação política das categorias profissionais.
9º) – Defesa da Família Cristã contra
os agentes de destruição de suas bases materiais, de corrupção moral e contra
qualquer tendência absorvente do Estado.
10º) – Municipalismo – Fortalecimento
econômico dos Municípios como base de sua autonomia.
11º) – A Nação organicamente estruturada
com base nas Famílias, nos demais Grupos Naturais e nos Municípios, é a
criadora do Estado e, consequentemente superior a este, não devendo, portanto,
confundir, no mesmo conceito, Estado e Nação, estatismo e nacionalismo.
12º) – Todos os problemas sociais e
nacionais se correlacionam, se intercomunicam através de íntimas conexões, pelo
que nenhum deles pode considerar-se a fonte das soluções dos outros, o que
exige, um Governo esclarecido, largo planejamento administrativo, atendendo às consequências
maléficas ou benéficas que as providências a favor de um setor econômico ou
social possam acarretar a outros setores que também são vitais à sobrevivência
e a saúde da Nação.
13º) – Construção da Democracia
Orgânica, mantidos os três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário),
asseguradas as liberdades humanas, a autonomia dos Grupos Naturais, a
representação política destes, a autonomia dos Municípios, e estabelecendo-se a
temporariedade dos mandatos, a começar pelo Chefe da Nação.
Estas ideias, que constituem a súmula
do pensamento integralista, ganharam hoje um valor de atualidade crescente.
Atendem às necessidades da Nação Brasileira e às aspirações frequentemente
evidenciadas pelo nosso Povo através dos órgãos econômicos, sociais, políticos
e culturais do país.
Em vez de levar os homens públicos e
os estudiosos dos problemas nacionais a rastejar no rés-do-chão das particularidades
isoladas que, afinal, não encontram soluções satisfatórias, soerguem as mentalidades
dirigentes, partindo do geral para o particular e enquadrando todas as questões
no esquema panorâmico de uma concepção dos fenômenos político-sociais,
econômico-financeiros, culturais e morais.
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Trecho do Manifesto de Vitória (1957), elaborado por Plínio
Salgado e lançado durante Convenção Nacional do Partido de Representação Popular
– P.R.P., em Vitória (ES), em 1957. Transcrito das páginas 15 e 16 de uma edição
em folheto publicada pelo setor de Difusão Doutrinária do P.R.P. (s/l, s/d).
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