No
dia 18 de março de 2007, o Estado
de São Paulo estampou na primeira página:
“Gasto
do governo triplica em 20 anos e trava crescimento".
Apenas alguns dias depois do anúncio do lucro recorde dos bancos
no último ano, atingindo 22,9% do patrimônio líquido, num montante de R$ 33,4
bilhões, o maior jornal do Brasil responsabilizava o tamanho do Estado para o
crescimento medíocre do país...
O argumento é parcial, circular e velho conhecido de todos que
acompanham os
noticiários: tendo o Estado inflado pelos gastos com o funcionalismo
ao lado de privilégios injustificados e demais despesas do setor público, o
governo precisa tomar novosm empréstimos, aumentando mais ainda a dívida
pública e pressionando os juros para cima. Devemos acrescentar que são estes os
juros, por sua vez, que acabam por favorecer os mesmos bancos que, como em
poucos países do mundo, desfrutam de liberdade incomum para remeter capital ao
exterior.
Sendo verdade, por um lado, que ninguém em sã consciência pode
negar a existência de favorecimentos escandalosos em certos setores do nosso
funcionalismo; em relação à dívida pública brasileira, devemos retroagir um
pouco, e notar que seu crescimento recorde deu-se após o embuste denominado
Plano Real e durante toda era FHC.
A combinação nefasta de grandes aumentos na carga tributária e
da dependência ao capital estrangeiro, somados com o maior programa de entrega
de patrimônio público da história do Brasil envolvendo a venda – a preço de
banana – de empresas públicas vitais para grupos alienígenas, não fez cumprir o
objetivo a que alegadamente se destinavam: a redução da mesma dívida pública.
Na verdade, ao lado da destruição de boa parte do parque industrial
de capital nacional com a abertura irrestrita dos mercados, a dívida líquida do
setor público brasileiro aumentou de forma espantosa entre 94 e 2002, passando
de cerca de 30% para quase 60% do PIB até 2003 e se mantendo em níveis acima de
50% até os dias atuais, comprometendo mais da metade do erário do Tesouro
Nacional para sua manutenção.
Esse aumento demonstrou muito claramente que a justificativa
para as privatizações, no sentido de se diminuir o tamanho do Estado para
diminuir a dívida pública, sempre foi fraudulenta.
Tomemos como exemplo apenas o prejuízo ocasionado ao país pela
doação da Companhia Vale do Rio Doce por 3,3 bilhões de dólares.
Costuma-se apontar os êxitos recentes da empresa e os seus
indicadores positivos em defesa dessa privatização. E, de fato, apenas no
primeiro trimestre do ano passado, a Vale atingiu um lucro que bateu a casa dos
R$ 6,1 bilhões (quase o valor de venda em apenas três meses!), representando um
crescimento de 19,5% em relação ao ano anterior e aumentando significativamente
as exportações. Em outubro, a empresa adquiriu 75,66% do capital da mineradora
canadense de níquel Inco, tornando-se a segunda maior mineradora do planeta,
atrás apenas da anglo-australiana BHP Billiton.
Faz-se necessário notar, porém, que antes da privatização, o
cenário internacional já apontava para um crescimento na demanda mundial por
aço no setor da construção civil, possibilitando à Vale pressionar o mercado
internacional por melhores preços. O mais importante, de qualquer maneira, é
que com a transferência do controle para a iniciativa privada, os gigantescos
lucros da empresa ficaram totalmente concentrados nas mãos dos acionistas (não
por acaso banqueiros) e com isso as estratégias da mesma também foram revistas.
Não podemos perder de vista que grande parte desse lucro vai parar em setores
não produtivos, com remessa significativa para o exterior.
Além disso, enquanto antes, grande parte do lucro era aplicada
no investimento interno, qualificação de empregados e desenvolvimento da sociedade
brasileira; agora temos apenas o objetivo do lucro com uma ampla terceirização
de quadros advindos em grande parte de consultorias estrangeiras.
Por fim, enquanto historicamente a CVRD sempre procurou agregar
valor transformando minério de ferro em chapas de aço para carros, navios,
ferrovias, aviões e etc, agora temos um retrocesso que se afigura no simples
extrativismo para exportação. Ou seja, uma enorme quantidade minério tirada do
nosso subsolo que poderia ser agregada e direcionada para a infra-estrutura do
Brasil (como na urgente recuperação das nossas ferrovias e construção de novas,
por exemplo), ou no caso do Nióbio (minério fundamental para a tecnologia
aeroespacial e do qual somos detentores de nada menos que 98% das reservas
mundiais), mas que acabam em sua maior parte saindo do país. Ou seja, simples
espoliação dos recursos naturais dos brasileiros para garantir o lucro de
alguns especuladores apátridas.
A propósito, a cúpula do governo Lula, que enquanto era
“oposição” tanto criticou essa privatização, nada faz agora para revertê-la. Afinal, apesar das
recentes bravatas do atual Ministro da Fazenda, Guido Mantega, a respeito dos
abusos tarifários dos bancos, este governo permanece, como o anterior,
totalmente subserviente aos verdadeiros donos do Brasil (e que continuarão
sendo donos até que nosso povo acorde para a realidade).
Quem diz isso não são somente os integralistas, os caudilhos da
“esquerda” da América Latina ou os marxista-leninistas jurássicos que ainda
gritam caquéticos aos quatro ventos por aí. O fato foi ratificado por Olavo
Setúbal, justamente o fundador do banco nacional que mais lucrou no último ano.
Durante a última corrida presidencial, em entrevista do dia 13 de agosto do ano
passado, ele afirmou à Folha
de São Paulo: “Não tem diferença do ponto de vista do
modelo econômico. Eu acho que a eleição do Lula ou do Alckmin é igual”.
O homem forte do Itaú que por sinal “previu” a reeleição do
“conservador” presidente Lula, ainda fez questão, nessa ocasião, de reforçar
sua visão malthusiana de mundo como um defensor radical do controle de
natalidade no Brasil – já que as supostamente altas taxas de natalidade do país
seriam as responsáveis pela atual explosão de violência e não a alta
concentração de renda. Além disso, depois de ridicularizar a Igreja Católica e
os valores cristãos, também defendeu o fim de nossas Forças Armadas, pois,
segundo ele, a idéia do Brasil ter uma população grande e um Exército forte
seria algo “superado”.
É curioso observar que, enquanto muitos se admiraram com a
recepção calorosa do presidente ao seu antigo rival político, o ex-presidente
Fernando Collor de Melo, a foto inicial deste artigo, exibindo Lula com olhar
resignado, junto a Delfim Netto, é muito mais significativa e cheia de simbolismo.
O economista talvez seja a maior personificação de testa-de-ferro
do banqueirismo existente no país. Não por acaso, ele foi durante muitos anos
um dos repetidos candidatos oficiosos da FEBRABAN (da qual já recebeu
verdadeiras fortunas em generosas doações eleitorais). O longo histórico de sua
atuação nos altos escalões do governo sempre se deu no sentido de trabalhar
para a manutenção do status quo do Brasil como eterna Colônia
de Banqueiros. A troca de elogios entre ele e Lula
demonstra, mais que mil palavras, o total embuste que sempre foi o PT (ou pelo
menos
o embuste que tem sido já há muito tempo).
Talvez não haja uma síntese mais realista e contundente do que a
feita pelo comunista e antigo militante, o professor Said Barbosa Dib, que
colocou de forma muito clara e objetiva, como o PT pôde construir a máquina
política que dirige hoje abandonando seus princípios iniciais já no final da
década de 80:
“Descobrimos a ecologia, o ambientalismo, a relação Homem/Natureza
e esquecemos as relações conflituosas entre Homem/Homem. Estávamos cansados de derrotas,
precisávamos de novos paradigmas para a luta. Tornamo-nos gerenciadores, profissionais de ONGs, e
descobrimos que o capital financeiro internacional não era tão ruim assim. A
grana vinha do PNUD, do Banco Mundial, do FMI, do Consenso de Washington, ou
seja, dos antigos Hippies dos Anos 60 que se tornaram os Yuppies
dos 90. Pensamos que, provavelmente, tivessem
mantido alguma lembrança revolucionária dos tempos das Jornadas de Paris,
de Woodstock, etc.. Mas, não importávamos. O que importava era que os companheiros de Wall
Street estavam dispostos a ajudar na nossa causa. E quando temos necessidades,
qualquer ajuda é bem vinda. Assim, tornamo-nos onguistas. Um cabide
de emprego para nossos militantes
que não se podia desconsiderar. Passamos,
assim, a ser considerados voluntariados, não mais revolucionários, esta visão arcaica e superada pelo rolo compressor da História”.
Colocando em pratos limpos, o Partido dos Trabalhadores como um
todo não passou de uma ferramenta utilizada por escusas ONGS que, sob pretexto
de ambientalismo e ecologia (tal qual o Greenpeace, o WWF, entre outras); têm por objetivo principal – embora camuflado – a internacionalização
da Amazônia e a alienação de cerca de metade do território nacional junto com suas
fabulosas riquezas naturais, para agências controladas pelos poderosos grupos
oligárquicos internacionais e pelas nações hegemônicas que eles representam.
Fato é que hoje, ao lado de uma enorme promiscuidade desses
“ecologistas” em nossos setores governamentais, existe uma injeção anual de
capital do exterior no sentido de “preservar” a Amazônia brasileira – criando
obstáculos para a realização de obras e projetos de infra-estrutura, por
exemplo – que chega a superar o que é destinado para o mesmo fim pelos Estados
que integram a região!
E afinal, o aumento da influência de certas ONGS ambientalistas
no Brasil, em paralelo ao notório sucateamento das Forças Armadas do país, coincide
exatamente com o ápice do poder político do PT e do partido da suposta
“oposição”. Embora haja quem tente convencer a sociedade brasileira que não
existe aqui uma enorme ameaça à nossa soberania, seja por má fé ou ingenuidade,
sabemos que a realidade é bem diferente. Diversas denúncias já foram feitas a respeito
das motivações dessas organizações verdadeiramente criminosas, assim como, da
verdadeira origem dos interesses em transformar as Forças Armadas do Brasil em
mera força policial. Infelizmente, tais denúncias não recebem a divulgação que
deveriam por parte da mídia de massa por motivos imagináveis.
E voltando à questão do crescimento pífio do Brasil, muito menor
do que a média dos chamados países emergentes; e a eterna subserviência dos
nossos governantes, aos banqueiros, que se repita o óbvio: se as despesas
não-financeiras do Estado têm sido realmente um empecilho para o nosso desenvolvimento,
muito mais danosas nos têm sido as despesas relativas à já citada dívida
pública, aliada com as escorchantes taxas de juros aqui praticadas. É comum
ouvirmos dizer que as taxas de juros têm que cair, para que o país possa
crescer. Até Alberto Furuguem, ex-diretor do BC, afirmou recentemente que as taxas
de juros no Brasil são um “pé no freio” para o crescimento. É uma pena que ele
não tenha sido capaz de explicar o porquê disso ocorrer, já que não haveria,
segundo ele, justificativa lógica ou plausível para juros tão altos.
Em contradição ao que tem sido ultimamente propagandeado, normalmente
em noticiários de TV, dando à população a falsa percepção de que as taxas de
juros caíram recentemente a um patamar aceitável, o mesmo Estado de São Paulo publicou
um estudo que propõe uma queda maior nas taxas de juros reais, já que as mesmas
permanecem muito acima da realidade econômica doméstica e das próprias expectativas
internacionais (gráficos baseados em estudo realizados por Edmar Bacha do Instituto
de Estudos de Política Econômica, Márcio Holland da Escola de Economia da Fundação
Getúlio Vargas e Fernando Gonçalves do Fundo Monetário Internacional):

Aliás, o mesmo estudo
mostrou que a média das nossas taxas de juros reais tem sido, nos últimos dez
anos, mais de quatro vezes superior a de outros 66 países analisados e cerca do
dobro dos países com alto índice de investimentos diretos estrangeiros:

É espantoso então, notar que até economistas admoestados como
Gustavo Loyola, ex-presidente do BC, e economistas ligados ao próprio FMI, já
defendem uma queda mais radical nas taxa de juros no Brasil, enquanto aqueles
que têm ocupado as equipes econômicas que permanecem levando o país para o
abismo invariavelmente utilizam-se, ainda, de toda sorte de sofismas em defesa
dessa política suicida: culpam a inflação, sendo que esta está oscilando um pouco
acima da média mundial e, porém, temos as maiores taxas de juros do mundo (além
destas estarem, como vimos, muito acima da média dos outros países).
Houve o momento em que a moda era culpar justamente o nível da
dívida pública e o nível do déficit público brasileiro, o que também pode ser
descartado levando em conta a existência de muitos países com maior déficit e
dívidas públicas proporcionais, mas com taxas de juros bem
menores.
Finalmente, existem aqueles ainda mais cínicos, que têm o
desplante de culpar a moratória do já longínquo ano de 1987. Mas esta última
impostura também pode ser automaticamente descartada, notando que a Rússia, em
1998, e a Argentina, em 2001, empreenderam moratórias mais radicais e nem por
isso aplicam taxas de juros sequer próximas das brasileiras.
Podemos voltar-nos, então, para uma explicação mais coerente e
lógica.
Deve-se à continuidade dessas taxas de juros exorbitantes, que
remuneram ativos de liquidez imediata, o fato de nossa dívida pública estar
quase totalmente à mercê de uma minoria de banqueiros com influência desmedida
nos círculos governamentais e, desta maneira, na condução da política econômica
do país.
Obviamente que a culpa não é só dos banqueiros. Isto também ocorre
porque uma grande parcela daqueles que têm assumido as áreas de gestão econômica
no Brasil se corrompem muito facilmente (quando já não são indicados pelos seus
próprios amigos banqueiros para os cargos que ocupam).
Falta patriotismo e falta honestidade.
Na verdade, também em decorrência de uma secular ausência de formação
cultural da nossa gente, o que nos têm faltado são informação e discernimento
para eleger nossos verdadeiros representantes. Obviamente, não queremos dizer
com isso que nosso povo tenha menos capacidade que outros povos quando, muito
pelo contrário, o integralismo sempre exaltou as virtudes do brasileiro. O que
estamos dizendo é que nosso povo tem sido, por muitas décadas, enganado e mal
orientado.
Em aspecto imediato, esse processo de desinformação também
ocorre porque não temos uma imprensa decente e jornalistas não comprometidos
com essa libertinagem para dizer toda verdade à população.
Paralelamente, a nossa mídia de massa, já há um bom tempo, além
de inundar nossos lares com todo tipo de banalidades, tem se prestado de
sobremaneira a promover o consumismo desenfreado, a destruição dos valores
familiares, a sexualização precoce da adolescência e o homossexualismo como
algo absolutamente “normal”.
E, afinal de contas, como essa mesma mídia de massa e seus veículos
são controlados pela elite, podemos concluir que carecemos de uma elite
comprometida com os interesses do país e não apenas com seus interesses
pessoais. Preferem, sem qualquer tipo de idealismo, que o brasileiro e, em
especial, nossa juventude, se mantenha tão afastada dos valores mais elevados e
tão alienada das questões mais fundamentais para o futuro da nação que, conseqüentemente,
viva apenas para ser uma escrava absoluta dos seus instintos mais baixos e dos
seus anseios mais imediatos e fugazes.
É um verdadeiro ciclo vicioso, estendido a todos os setores da
sociedade, que tem levado à decomposição e ao esfacelamento de qualquer
conceito de “Pátria”.
Recentemente, o economista de orientação nacionalista, Paulo
Nogueira Batista Jr., referiu-se, fazendo analogia à coluna de Quepo de Llano na Guerra Civil Espanhola, a uma verdadeira “Quinta- Coluna” que por aqui habita.
Com justiça ele compara este fenômeno histórico ao que presenciamos de longa
data no Brasil: um conhecido grupo de canalhas influentes no governo, no Congresso
e nos meios de comunicação, criadores de poderosos lobbies que
subordinam os mais sagrados interesses da Pátria a um tabuleiro de interesses
em que sempre o setor financeiro – leia-se usurário e especulador – leva
vantagem e sai ganhador.
De fato, são estes os mesmos que, com o intuito de sabotar sistematicamente
o país, nos últimos anos têm comemorado a “globalização” e uma suposta decadência
do conceito Estado-Nação. De forma subjacente, não raro temos ouvido ou lido na
imprensa falada e escrita, comprometida com estes mesmos interesses, o
argumento de que o nacionalismo seria algo “superado”, “ufanista” e “perverso”.
O que tem feito o governo do PT, senão rezar obedientemente essa
mesma cartilha?
É bem verdade que a submissão dos nossos governantes à oligarquia
financeira internacional, com grande prejuízo ao Brasil, é de um continuísmo
secular. Não é novidade desde o Primeiro Império. O que mais nos entristece, no
entanto, é perceber como o brasileiro permanece se deixando
enganar facilmente.
Quem é capaz de negar, sem cair em contradição, que toda aquela
balela socialista e anti-imperialista foi enterrada já no primeiro mandato do
governo petista?
Voltemos a maio de 2005, num momento de escândalos de corrupção
aparecendo em todos os cantos da vida política nacional: a visita do secretário
do Tesouro dos EUA, John Snow, e de altos representantes da finança global, foi
prova cabal do total apoio de Washington à reeleição do máximo mandatário
brasileiro. Aliás, esta visita foi amplamente badalada na mídia internacional.
Apesar de vinte anos de discursos populistas inflamados, tínhamos,
afinal, a comprovação definitiva da subserviência que antecederia e prepararia
terreno para a reeleição e, aliás, daria aval à posterior e recente visita do
Presidente Bush objetivando o etanol brasileiro.
Há pouco citamos o processo de desmonte do Estado. Tamanho foi o
prejuízo causado ao país pelas privatizações indiscriminadas da era FHC, que
foram utilizadas como carro-chefe de campanha contra o candidato Alckmin, pelo poderoso marketing do PT,
para garantir a reeleição do inepto que ocupa hoje a cadeira da Presidência da
República. Como também já mencionamos, é visível que dentro dos ditames atuais,
as privatizações desta e de tantas outras empresas são fatos consumados e não
poderão ser revistas por mais lesivas e duvidosas que tenham sido.
De qualquer forma e, apesar de não ter ocorrido qualquer revisão,
como o partido do governo foi um antigo combatente radical do processo de
desestatização, muitos acreditam hoje que a política entreguista tenha sido
suspensa e que o restante das empresas que não foram privatizadas tenha permanecido
intacto. Mas será isso mesmo verdade?
Ainda na época de FHC, e voltando a falar novamente sobre a CVRD,
quando esta foi privatizada, houve uma série de irregularidades. Sem qualquer
debate com a sociedade brasileira, a companhia foi entregue em cerca de metade
a testas-de-ferro “nacionais” e a outra metade diretamente a investidores
estrangeiros. A coordenadora global desta transação foi a Merrill Lynch & Co. ABN AMRO Rothschild: a empresa que fez a avaliação do valor de “venda” e, depois, ela
mesma, acabaria por tornar-se uma das acionistas (algo não só ilegal como
imoral).
Algo muito diferente deste tipo de fraude em benefício dos
“Donos do Mundo” têm sido conduzido pelo governo atual?
Em 31 de maio de 2006, o Presidente Lula sancionou o aumento da
participação societária estrangeira no capital do Banco do Brasil de 5,6% para
12,5%.
Historicamente, quem é a maior interessada na aquisição de ações
do Banco do Brasil?
É a City londrina, comandada justamente pela dinastia judaica
Rothschild. Este é um interesse que remonta aos tempos do Barão de Mauá, o
fundador do banco, no tempo de D. Pedro II. A História nos ensina que o Barão
foi à falência por defender os interesses nacionais em ferrovias, em detrimento
dos negócios dos Rothschild (que foram seus parceiros de empreendimentos).
Gustavo Barroso, um dos mais brilhantes intelectuais já paridos
em solo brasileiro, após exaustivo estudo, publicou em 1934 o libelo
integralista “Brasil Colônia de Banqueiros”. Esta obra foi, em seu tempo, sem
dúvida, uma das obras mais importantes para o Integralismo e o trabalho pioneiro
a substanciar um nacionalismo econômico no Brasil.
No ano da morte de Gustavo Barroso, em 1959, Plínio Salgado, em
discurso no plenário, enquanto Deputado Federal, afirmara que antes deste livro
notável, o problema da escravização econômica do Brasil nunca havia sido
colocado como se devia, e ainda acrescentava: “(...) quando surge em nossa Pátria
uma corrente nacionalista a lutar contra as injunções do capitalismo
internacional, que objetiva a nossa conservação como país subdesenvolvido, num
cruel e doloroso colonialismo, o livro de Gustavo Barroso (Brasil Colônia de Banqueiros) é a bandeira que todos deveriam desfraldar porque foi a
primeira que se ergueu no Brasil, nestes últimos tempos, a despertar a consciência
nacional para a luta pelos interesses econômicos da Nação contra as
organizações internacionais que nos têm escravizado e pretendem permanentemente
escravizar-nos”.
Passados mais de setenta anos da primeira edição do livro de
Gustavo Barroso a situação permanece inalterada. Em 1934, o intelectual que foi
posteriormente colocado no anonimato pelas mesmas forças inimigas do Brasil,
contra as quais ele que ele lutou de corpo e alma, escrevia:
“No manifesto de 6 de agosto de 1822, o Príncipe D. Pedro clamava,
referindo-se às Cortes de Lisboa: Lançou
mãos roubadoras aos recursos aplicados ao Banco do Brasil, sobrecarregado de uma enorme dívida nacional”.
“Estendemos a sacola aos banqueiros judeus de Londres, pedindo o
favor dum empréstimo combinamos que seria lançado naquela praça em duas vezes.
O contrato da primeira foi passado a 20 de agosto de 1824, entre o marechal de
campo Felisberto Caldeira Brant, mais tarde marquês de Barbacena, e o
conselheiro Manuel Rodrigues Gameiro Pessoa, mais tarde visconde de Itabaiana,
e as casas bancárias Baseth Farquhar Chrawford & Cia, Fletcher, Alexander e
Cia. E Thomas Wilson & Cia. O da segunda foi realizado pelos mesmos com o
banqueiro Nathan Mayer
Rotschild”.
“A autorização para o contrato de empréstimo foi dada pelo
decreto de 5 de janeiro de 1824, sendo ministro da fazenda Mariano José Pereira
de Fonseca, mais tarde visconde e marquês de Marica”.
“É a primeira vez que esse nome, famoso por muitos títulos nos anais
da finança internacional, aparece na nossa história. Nunca mais sairá dela. Os
brasileiros devem guardar bem guardada a lembrança desta data: – 12 de janeiro
de 1825. Nesse dia, os banqueiros puseram o pé sobre o nosso corpo, passamos a
pertencer-lhes e para eles trabalhamos. Entretanto, embriagada pela vã palavra
de liberdade, a nação se divertiu com a Abdicação, as rebeldias da Regência, a
Maioridade, as guerras do 2º Império, a Abolição e as revoltas da República,
entremeadas de quedas de gabinetes, de mudanças de regimes, de sucessões
governamentais e de ditaduras, enquanto que, por trás dos bastidores, os
banqueiros de mãos dadas aos políticos, a governavam e a exploravam”.
“Já é tempo de dizer a verdade ao povo brasileiro; ela não
consta, senão veladamente, das mensagens oficiais. Calou-se sempre a boca
mentirosa ou covarde dos politicões do liberalismo. Embora acoimados pelos
comunistas de servirem ao capitalismo, os Integralistas são os que até hoje têm
tido a coragem de pregá-la – para que o colosso acorde, se espreguice, quebre
as cadeias e, erguendo o tacape duma verdadeira liberdade, espatife os ídolos e
os bezerros de ouro. Já basta de se dizer que a casa Rothschild presa tanto aos
títulos brasileiros que com eles constitui o dote das suas filhas casadouras.
Já basta de considerá-los nossos amigos, como eu próprio me penitencio de o
haver feito, levado por essas balelas e por ainda não ter estudado a fundo os
nossos empréstimos (no discurso em que saudei na Academia Brasileira de Letras,
como seu Presidente, o escritor teatral Barão Henri de Rothschild). Tudo isso é
muito bom para embair os tolos através da
leitura dos jornais. Mas a verdade é outra e bem trágica: essa propaganda,
contumaz e esperta, oculta tão somente o trabalho forçado de gerações e
gerações de brasileiros”. “Nathan Mayer Rothschild! Este nome está preso a toda
engrenagem financeira mundial do começo do século (Nota: Séc. XX). Seu
portador assiste, de longe, a batalha de Waterloo, vê a derrota de Napoleão,
corre à costa belga, paga a peso de ouro o barco dum pescador, atravessa a Mancha
em pleno temporal, arrebenta até alcançar Londres e surge na Bolsa com a mais
tranquila fisionomia deste mundo. Sorri e começa a vender seus títulos. Todos
pensam que deve estar a par de novas terríveis de guerra, pois nada ainda
transpirava o fatal encontro de Napoleão com Wellington e Blûcher. Só ele
conhecia o de visu. O pânico ganha os portadores de ações, de bônus e de apólices.
Baixa pavorosa! Os agentes de Nathan compram tudo por dez reais de mel coado. Mais
tarde, chega a notícia da estrondosa vitória e todos aqueles papeis, como é
natural, sobem vertiginosamente. Estão na quase totalidade em mãos da casa Rothschild,
que realiza um ganho colossal e, à sombra dessa formidável riqueza começa a
dominar a Europa. Caíra o império militar de Napoleão, a maior potência militar da época, e nascia o argentário de Rothschild, a maior potência financeira
dos novos tempos”. (Gustavo Barroso, “Brasil Colônia de Banqueiros”).
Realmente, o golpe de mestre de Nathan Mayer Amschel Rothschild,
foi fundar seus bancos alicerçados em uma transnacionalidade estratégica,
colocando nas suas agências os próprios filhos na administração e as estabelecendo
nos grandes centros financeiros europeus, num processo que se iniciou a partir
do século XVIII: ele e seu filho mais velho, em Frankfurt; Nathan Mayer filho, em
Londres; Jacob, em Paris; Salomon, em Viena; e Karl, em Nápoles. É já dessa
época, também, que remonta um forte relacionamento familiar dos Rothschild com
outros clãs do banqueirismo internacional e com as oligarquias européias (tendo
especiais vínculos com as aristocracias britânica, francesa e holandesa).
É necessário também ter uma noção da amplitude da influência dos
Rothschild, participando direta ou indiretamente, de acontecimentos históricos
de grande relevância que vão muito além de explorar nosso Brasil e os
interesses embutidos nas revoluções liberais que precederam os arroubos
napoleônicos na Guerra Franco-Prussiana (1870-71): a colonização da Índia
(1757- 1947); a Guerra do Ópio na China (1840-42); o financiamento do Sul e do
Norte na Guerra Civil Americana (1861-1865); a Guerra do Paraguai (1864-1870);
a compra do Canal de Suez pelam Inglaterra (1882); a tomada da África do Sul e
suas riquezas através da Segunda Guerra dos Bôeres (1899-1902) – além do
financiamento de diversos outros conflitos no continente africano de olho em
minas de ouro e diamantes; a guerra vitoriosa do Japão contra a Rússia czarista
(1904-
1905); a I e II guerras mundiais (1914-1918 /1939-1948); as
recentes incursões de coalizões lideradas pelo EUA na Iugoslávia, Afeganistão e
Iraque; etc, etc e etc...
O mesmo poder do ouro, emanado do clã Rothschild, que exerceu caráter
decisivo na impulsão do sionismo como movimento político, financiando colônias
judias na Palestina como pontas de lança durante 1917, com a formalização da Declaração Balfour;
e da Revolução Socialista, através de seus entes, no mesmo ano, representando a
plutocracia que controla completamente, já há muitas décadas, a Casa da Moeda
norte-americana e, conseqüentemente, a emissão do Dólar, através do Federal Reserve Board (fundado em 1913).
(Extraído de “História
Secreta do Brasil”, de Gustavo Barroso: casamento de Leopoldo Rothschild na
Sinagoga Central de Londres – Gravura do “Crapvillot” de Paris, nº especial de set/1936.
O dote dos noivos foram títulos da Colônia do Brasil)
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