quarta-feira, março 12, 2008

A Arte de Semear Ideias

Rio de Janeiro, 12 de Março de 2008.
Companheiros.
Neste momento em que os Integralistas se re-agrupam e reorganizam em todo o Brasil, julguei de grande oportunidade publicar este magnífico escrito do Chefe Nacional, que deve ser meditado por todos os Camisas-Verdes.
Pelo Bem do Brasil!
Anauê!
Sérgio de Vasconcellos
A ARTE DE SEMEAR IDÉIAS
PLÍNIO SALGADO
A Arte de Semear Idéias é uma arte difícil. Não pelo que exige em qualidades de ação, mas principalmente pelo que reclama em virtudes de resistência.
Não é somente escrevendo e publicando livros, redigindo e estampando artigos nos jornais, subindo à tribuna e proferindo discursos, nem lecionando ou simplesmente conversando, que se consegue semear idéias capazes de germinar.
Tudo isso é preciso, não há dúvida, mas tudo isso nada vale, se o semeador não possui aquela indispensável energia interior com que a si mesmo vence em cada hora de desânimo, diante da incompreensão, ou da indiferença, ou da injustiça.
Essa resistência, em cada minuto de sua vida, é que constitui o húmus alimentador e vivificador das idéias semeadas. Sim; essa resistência é que determina a continuidade, a permanência, a fidelidade que são os fatores operantes nos processos da germinação das idéias.
Porque o grande drama dos portadores de idéias novas consiste justamente no contraste entre estas e a realidade humana, que é o solo onde o semeador deita a sementeira.
Tudo conspira contra aquele que traz algo novo. Entre os adversários que se mobilizam, tem ele de contar com as idéias velhas, que ressuscitam pretendendo ser mais novas, mais oportunas, mais conforme o tempo transcorrente.
Não encontrando no Presente nada capaz de amesquinhar ou destruir o Pensamento que se antecipa aos dias em que surge; os medíocres procuram nas sombras do Passado elementos com que opor-se aos Renovadores, aos propositores de soluções novas. Com tais elementos, proclamam que a idéia nova foi superada.
O verdadeiro Missionário de idéias percebe claramente o truque desses falsificadores e não se perturba na marcha que se propôs de um apostolado irredutível.
Para isso é preciso um grande poder sobre si mesmo, pois todas as aparências trabalham contra ele. Essa força interior provém de íntima certeza, de uma convicção. Mas para haver convicção é mister que o Semeador não seja apenas o portador de idéias, mas seja, principalmente, o portador de uma crença profunda.
Os que não acreditam nas idéias que pregam não resistirão à onda das aparências enganadoras, não se conservarão firmes e inexpugnáveis em face da conjuração e dos expedientes dos medíocres. Deixar-se-ão influenciar por estes, entrando primeiro na dúvida, depois no desânimo, finalmente no ceticismo. E perderão a batalha.
Perderão, porque a batalha já estava perdida antes de ser travada. O pretendido semeador era indeciso, a sua mão tímida e trêmula, a sua palavra insegura e dubitativa.
Quando saiu a campo, não se blindou contra as influências estranhas; de sorte que, à leitura do primeiro livro de grande sucesso lançado pela mediocridade contemporânea, a sua fé em si mesmo abalou-se. Ficou à mercê da imensa fauna dos oradores oportunistas e dos artigos e notícias da imprensa quotidiana. Os falsos êxitos, os retumbantes aplausos, que coroam os vitoriosos do momento em seus efêmeros triunfos, impressionam o homem fraco, o apóstolo sem fibra, o tímido predicador sem confiança naquilo que ele chama inicialmente “a verdade” e que mais tarde chamará “a doutrina superada”.
No entanto, o contraste principal, que cria a tragédia de todos os lutadores apostolizantes, encontra-se exatamente naqueles motivos que atestam a autenticidade do “novo” em face do “velho”.
A idéia nova precisa de homens novos. Para isso, ela necessita, antes de tudo, transformar-se em sentimento. O sentimento produz os atos, ou séries de atos, em que se manifestam e se afirmam as personalidades novas.
Quando a idéia se transforma em sentimento, estabelece-se no que foi inicialmente seu “objeto” e depois se fez “sujeito” operante, a linha nítida da conduta. A manutenção dessa linha depende, entretanto, da própria força do sentimento, na sucessividade das emoções, cujo ritmo se exprime naquele constante fervor da paixão criadora.
A progressão crescente parte do termo “idéia”, ascende ao termo “sentimento”, atinge o termo “paixão”. A semente chega, então, ao ponto de desenvolvimento sem o qual não germina.
E não germina porque só a paixão da idéia, isto é, a continuidade das emoções sentimentais, traz consigo a energia seminal fecundadora. O pregador crê no que prega; a sua palavra transmite o gérmen, a centelha vital.
Quando o pregador tornou-se autêntico semeador, operou em si mesmo a superação de todas as forças negativas e esterilizadoras. Conhece-se quando tal acontece, não já pelas palavras que o semeador profere, mas pelos atos que pratica.
Os atos identificadores da autenticidade do apóstolo revelam, um por um, a persistência. Mas, justamente porque o processo da transformação da idéia em sentimento e do sentimento em paixão apostolar se opera, de pessoa a pessoa, em ritmos variáveis, aquele que se fez propagador, difundidor de idéias novas sofre a grande amargura cotidiana das decepções sem número.
São momentos perigosos na vida do semeador. É o choque entre todas as forças do “velho” contra a audácia do “novo”. O pioneiro do Futuro amarga a imensa dor de verificar que, entre aqueles que marcham com ele, e até mesmo entre aqueles que se dizem vanguardeiros na maravilhosa aventura, manifestam toda a espécie de fraquezas, de incapacidade para enfrentar os momentos difíceis, de impotência no sentido de viver o sonho magnífico posto na linha do horizonte desejado.
A semeadura, pouco a pouco, no transcurso dos acontecimentos, tornou-se marcha. As mãos atiram a semente à terra; as pernas prosseguem, para diante, sempre para diante.
Mas há os que se cansam. Há os que param no meio do campo, a contemplar o terreno percorrido e, além deste, para trás, muito para trás, o terreno percorrido por outros, por outras gerações, segundo outro sentido de vida e de realidades. Nesse horizonte pretérito, erguem-se os vultos dos que apontam para a frente e parecem dizer aos caminhantes que não olhem para eles, pois cada geração tem o seu destino próprio; mas há também os vultos dos que viveram segundo o Presente que lhes pertenceu e não segundo o Porvir, que nos pertence, e estes, em vez de nos mandar marchar para diante, convidam-nos a regressar ou a extasiar-se na contemplação estática do que eles foram, do que eles fizeram.
E há também os que se iludem com as falsas aparências de uma realidade que não é realidade; capitulam em face dos êxitos ocasionais dos medíocres; entregam-se ao domínio dos cartazes e das frases feitas, que constituem, em última análise, as páginas dos doutrinadores de ocasião, dos mágicos de feiras, em torno de cujas palavras se conglomera a clientela bestificada dos “best-sellers” e dos auditórios dos comícios.
E há, ainda, os que pretendem o absurdo que consiste em querer que a idéia nova viva efetivamente uma vida atual, esquecendo-se de que nesse caso ela deixaria de ser nova. Esses revoltam-se, porque o seu generoso pensamento, a sua nobre doutrina, o seu elevado sentimento só encontra possibilidade de vida em poucos, em alguns, e não na maioria dos próprios companheiros de ideal. Tornam-se céticos, mordendo-lhes o coração o íntimo desejo de abandonar a luta. E muitos a abandonam, dizendo: são muito poucos aqueles que realmente me compreendem.
Incorrem dessa forma, no maior dos erros, que é desconsiderar o valor das idéias que outrora foram novas e que, tendo-se transformado em fatos sociais, persistem, pela lei da inércia, e persistirão longo tempo, utilizando-se de todos os expedientes do “falso novo” para a manutenção do velho. Não raciocinam para concluir que justamente por ser nova, a nova idéia terá que colocar o seu objetivo no Futuro. Não percebem que toda idéia nova é uma batalha contra o Presente. Do Pretérito, ou da Atualidade, ela toma unicamente os valores eternos, que pertencem também ao Futuro. Mas os “valores eternos” não são os “valores visíveis”, ou o cortejo das aparências e as estruturas de superfície.
No meio de todas as confusões, de todos os fracos e desorientados, sofrendo a injustiça dos adversários e a injustiça dos seus próprios colaboradores, o Semeador terá de continuar. Impassivelmente. Serenamente. Irredutivelmente.
E deverá ter em vista que o verdadeiro missionário de idéias não é aquele que apenas escreve livros no conforto dos gabinetes, ou redige artigos de imprensa sobre os fatos do dia, ou lavra pareceres, ou compõe ensaios, prefácios ou conferências, mediante temas de ocasião, ou vai discursar na praça pública somente quando chega o tempo das campanhas eleitorais ou das campanhas relacionadas com acontecimentos ou problemas que ocorrem periodicamente. O verdadeiro missionário de idéias não conhece a pausa das férias parlamentares, os intervalos das propagandas à boca das urnas, a intercadência feliz dos repousos reconfortantes. Mas, ao contrário, prega constantemente, em todos os dias da sua vida; anda de cidade em cidade, sem pausa nem descanso; escreve para jornais e escreve livros; procura dar concatenação lógica às idéias, estruturando um corpo de doutrina; e – o que é mais importante – sacrifica-se anos após anos, em continuidade efetiva, resistindo não apenas às injustiças adversárias, que são explicáveis e plenamente justificáveis, por exprimirem a natural reação das idéias velhas. Mas também às injustiças daqueles mesmos que julgam segui-lo, ou que sabem, no íntimo, que não o seguem, fingindo apenas segui-lo.
Essa resistência, essa capacidade para compreender e perdoar, essa energia na manutenção dos propósitos, esta linha imperturbável de marcha, tudo isso consiste a grande arte de semear idéias.
A arte de semear idéias é sem dúvida, uma arte difícil. Mas, por isso mesmo, é bela. Que a juventude da nossa Pátria saiba praticá-la. E poderemos ter confiança no Futuro.
(Plínio Salgado, “Reconstrução do Homem” – 3ª edição – São Paulo – Voz do Oeste – 1983 – 180 págs; transcrito integralmente da pág. 51 até 56)

terça-feira, março 11, 2008

Manifesto da Verdade

MANIFESTO DA VERDADE
B. T. da Silva*
Anauê!
Prezados Senhores e Senhoras, Integralistas ou não. Venho por meio deste Manifesto, engrandecer o Integralismo e desmentir as falsas afirmações de esquerdistas, marxistas, comunistas, socialistas, anarquistas e de todos aqueles que tem interesse em manchar o nome do Integralismo.
Já cansado de ver as falsas afirmações contra Integralismo e seus seguidores, decidi reunir várias passagens de textos, arquivos, documentos, matérias, artigos, etc. (cujas fontes estão devidamente relacionadas), onde coloco apenas trechos claros, que contradizem o que se anda falando por aí em livros, artigos, matérias, etc. E os reuni em um só texto, este texto, que atribuo o nome de “Manifesto da Verdade”.

Não era racista

Já vi inúmeras afirmações dizendo que o Integralismo era, ou tinha influência nazista, o que sugere àqueles que pouco ou nada sabem a respeito do Integralismo, que o Integralismo era racista. Cá está a comprovação de que o Integralismo não era racista, veja:
No Manifesto de Outubro de1932 (base da doutrina Integralista) no subtítulo “O Nosso Nacionalismo”, diz: “Os brasileiros das cidades não conhecem os pensadores, os escritores, os poetas nacionais. Envergonham-se também do caboclo e do negro de nossa terra”. Comentário: Desta forma, o manifesto está criticando a vergonha que sentem os cidadãos de “boa vida” (no caso os “brasileiros das cidades”, que na época eram em sua grande maioria brancos) em relação aos negros, mulatos, caboclos, mestiços, etc.
Encontrei também, visitando “sites” de Companheiros Integralistas - cuja visita desde já sugiro - fotos que refutam todas as falsas afirmações de que o Integralismo era nazista, fascista, etc.
No jornal “Folha de S. Paulo”, no caderno “Mais!”, dia 23 de novembro de 2003, na página 15, cujo título da matéria era “De ex-libertos a quase cidadãos”, do autor Flávio Gomes, em que relata as “batalhas” dos negros pela luta política, diz: “...Já a Guaraná de Sant’ Ana teve outros projetos. Fundou no Rio de Janeiro o “Partido Radical Nacionalista”, com a idéia da “união político-social dos descendentes da raça negra”, noticiou-se na ocasião. Tentaria fazer barulho com o seu periódico “Brasil Novo”. Certamente houve contradições. E, na história das organizações negras, como de qualquer outro movimento social, ocorreram oposições e debates internos. Podemos identificar as lógicas nacionalistas e as aproximações com o Integralismo...” ...E veja só quem então aparece na matéria, os comunistas, que dizem tanto lutar pelas causas sociais, veja mais adiante: “Experiências com socialistas e comunistas não foram menos conflituosas, quando em vários comícios lideranças se dirigiam aos negros como “cidadãos de cor preta”.

Não era fascista, nazista, anti-democrático ou ditatorial

Quanto a ser anti-democrático ou ditatorial, está claro, no Manifesto Programa de 1936, nas Preliminares, no item IV: “O Integralismo não é antidemocrático. Ao contrário, quando condena os partidos é porque visa substituí-los pelas corporações, órgãos que em nossos dias são os únicos capazes de captar e exprimir a vontade popular. O Integralismo, portanto, não é a doutrina ou a apologia da ditadura. O Estado Integral será um Estado forte, não para comprimir as liberdades legítimas e naturais, porém, para garanti-las contra o abuso dos poderosos preservando a Soberania Nacional, o bem-estar e a dignidade de cada brasileiro...”.
Quanto a ser nazista ou fascista, o Sr. Deputado Federal do PRONA-SP, Elimar Máximo Damasceno, e aqui abro uma parte, para agradecer em nome dos Integralistas não só pelos pronunciamentos que enriquecem a memória do Integralismo e do Nacionalismo, mas também pela força com que este preza pelo Brasil e sua soberania. Disse ele em seu pronunciamento do dia 16 de Julho de 2003, na Câmara Federal: “...Plínio Salgado combateu veementemente as ditaduras marxistas e nazistas quando afirmou: "Aparecem duas tisanas para as doenças da Europa: o comunismo e o fascismo. Ambos materialistas, decretam a falência da democracia: ou triunfa o imperialismo econômico baseado no nacionalismo, no fascismo, na ditadura militar, ou vence o imperialismo político da Terceira Internacional. Será esse o dilema para os povos da América?".

Não era anti-semita

Este sempre foi um problema para o Integralismo: A acusação de ser anti-semita, inclusive, confundindo as opiniões do grande escritor Gustavo Barroso a respeito.
Quanto aos trechos, no item II do Manifesto Programa(1936): “O Integralismo se propõe respeitar a liberdade de consciência e garantir a liberdade de cultos, desde que não constituam uma ameaça aos bons costumes...”.
No artigo “Quem tem medo de Plínio Salgado”, de Geraldo Mello Mourão, ele diz: “Vale a pena lembrar que a primeira denúncia brasileira contra o anti-semitismo e a perseguição aos judeus - pelo menos a primeira denúncia de peso - foi clamada por Plínio Salgado, quando advertiu que no movimento por ele fundado em 1932, o Integralismo, ninguém ousaria uma palavra contra a raça a que pertencia a mãe de Jesus Cristo. De resto, havia um grande número de judeus nas fileiras do Integralismo, e eu mesmo me lembro com emoção e com saudade de um querido companheiro daqueles tempos, o brilhante e bravo judeu Aben-Atar Neto. E tantos outros. Mas isso é outra história”.

Integralistas

Posso também comprovar que o Integralismo também não era racista, nazista, antidemocrático, fascista, anti-semita, ditatorial, etc, através das lições de vida e biografias de grandes Integralistas que serviram de base para a formação do Integralismo, como Plínio Salgado, Gustavo Barroso, Raymundo Padilha, Miguel Reale, Raimundo Barbosa Lima, Dom Hélder Câmara, Tasso da Silveira, e tantas outras pessoas importantes para o Integralismo. Para quem tiver interesse, procure biografias destes Integralistas, em “sites” Integralistas.

Livros

Fiquei indignado quando fui à livraria ver se encontrava livros de Plínio Salgado, Gustavo Barroso, Miguel Reale, ou qualquer outro livro a respeito do Integralismo, e não havia nenhum livro à venda! Plínio Salgado, que participou da Semana da Arte Moderna, um homem que tinha alto nível cultural, tnão encontrei nenhum, nem mesmo o célebre “Vida de Jesus”. Gustavo Barroso, por exemplo, escreveu 128 livros, foi membro da Academia Brasileira de Letras, etc, e também não se acha No lugar de livros destes grandes pensadores não só da política, como também da literatura brasileira, encontrei uma infinidade de livros de autores internacionais, um deles que falava a respeito da vida homossexual, outro que falava de “como cresce o anti-semitismo dentro da Igreja Católica”, etc.

Minha conclusão

Concluo este curto Manifesto, desafiando os anti-Integralistas para apresentarem, em “preto no branco”, ou seja, em afirmações, documentos, e comprovações sólidas, de que o Integralismo era racista, nazista, antidemocrático, fascista, anti-semita, ditatorial, etc.
Àqueles que tiverem interesse em divulgar este Manifesto em “sites” e outros, desde já eu autorizo, e que seja na íntegra.
Que o Brasil reviva a grande luta pelo nacionalismo!
São Paulo, Janeiro de 2004.
Por Deus, pela Pátria e pela Família!
Pelo Bem do Brasil!
Anauê!
* Σ - São Paulo – SP
Obs.: O Autor tinha 16 anos quando escreveu o seu Manifesto.

terça-feira, março 04, 2008

Integralismo - nazismo - fascismo

Rio de Janeiro, 04 de Março de 2008.
Companheiros.
De tempos em tempos, algum escrevinhador imbecil, quase sempre se arvorando em “historiador”, vem a público afirmar que o Integralismo é fascista ou nazista. Sempre repelimos essas acusações infundadas, provenientes de comunistas e outros degenerados morais e intelectuais, mas, elas se repetem constantemente e com a cobertura da grande mídia controlada pelo Poder Econômico. Assim, resolvemos reproduzir aqui um Documento da década de 30, um trecho de uma Obra de Gustavo Barroso, em que este Líder Integralista e autêntico Historiador esclarece a questão definitivamente.
Pelo Bem do Brasil!
Anauê!
Sérgio de Vasconcellos.

Integralismo – nazismo – fascismo

Gustavo Barroso

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Ao internacionalismo individualista do século passado, quer permita a hipertrofia do indivíduo isolado ou em grupos com o capitalismo, quer dissolva o indivíduo na massa, deixando-lhe somente os interesses individuais, com o bolchevismo, sucede o universalismo personalista das doutrinas denominadas fascistas, as quais, na essência, respeitam a liberdade e a dignidade da pessoa humana, e se universalizam pelo seu espiritualismo. (...).
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De todos os movimentos de caráter fascista, e assim os denominamos por falta de expressão mais apropriada para a sua generalidade, o Integralismo Brasileiro é o que contém maior dose de espiritualidade e um corpo de doutrina mais perfeito, indo desde a concepção do mundo e do homem à formação dos grupos naturais e à solução dos grandes problemas materiais. Surgindo depois de Mussolini e de Hitler, ele afirma mais fortemente o primado do espírito e mais alto se eleva, doutrinariamente, para as verdades Eternas que cintilam na aurora dos novos tempos.
O Integralismo defende os princípios básicos da civilização cristã ocidental. Como esses princípios fundamentam todos ou quase todos os chamados fascismos, naturalmente com eles se cruza o Integralismo aqui e ali. Os ignorantes em questões filosóficas e sociais ou os de má fé poderão confundi-los. Os que os estudam e conhecem sabem que há diferenças essenciais no modo de considerar as questões, as quais se refletem, na prática, no modo de resolvê-las.
Tomemos como exemplo o Integralismo, o Fascismo Italiano e o Nazismo Alemão. Os três têm os seguintes pontos de contato: No terreno espiritual, são reações do espiritualismo contra o materialismo, do nacionalismo contra o internacionalismo, do idealismo cristão contra o naturalismo judaico puritano1. No terreno econômico, são reações da produção contra a especulação, da propriedade contra o capitalismo absorvente. No terreno social, são reações contra as doutrinas unilaterais dos séculos XVIII e XIX, liberalismo e comunismo. No terreno moral, são reações do nobre sentido de trabalho honesto e sacrifício do cristianismo contra o sentido do gozo material e do utilitarismo sem honra da burguesia judaizada e paganizante.
Todos três condenam as forças ocultas que dominam o Estado2, querem o Corporativismo, mantêm o direito de propriedade, afirmam a soberania econômica, adotam a economia de plano, defendem a pátria, garantem a família, detestam a usura e organizam as hierarquias.
Separam-nos, no entanto, diferenças profundas. O Fascismo se enraíza na gloriosa tradição do Império Romano e sua concepção do Estado é cesariana, anticristã. O estado nazista é também pagão e se baseia na pureza da raça ariana, no exclusivismo racial. Apoiado neste, combate os judeus. O Estado Integralista é profundamente cristão, Estado forte, não cesarianamente, mas cristãmente, pela autoridade moral de que está revestido e porque é composto de homens fortes. Alicerça-se na tradição da unidade da pátria e do espírito de brasilidade. Combate os judeus, porque combate os racismos, os exclusivismos raciais, e os judeus são os mais irredutíveis racistas do mundo3.
No fundo, o Fascismo, entroncando-se na tradição romana, reveste-se dum caráter cesáreo e pagão. Cultua o super-homem nitzscheano, que é a pianta uomo de Alfieri, prendendo-se à hipertrofia dos grandes tipos do Renascimento. Do mesmo modo, o Nazismo, estatuído sobre a tradição racial nórdica, toma um feitio nitidamente odínico. Rende preito à força bárbara de invasão dos godos antigos. O Integralismo traz em si o idealismo de três raças: o sonho das tribos andejas dos tupis em busca duma terra feliz, o sonho da libertação dos escravos arrancados aos sertões longínquos, o sonho de glória e riqueza dos conquistadores e bandeirantes audazes. A benção do jesuíta uniu todos debaixo da mesma cruz. Dos Guararapes ao Aquidabã, o sangue de todos os uniu no mesmo destino. O seu culto é a cruz que juntou as três raças e os três sonhos.
O Estado Corporativo Brasileiro é uma verdadeira democracia orgânica, pois resulta dos sufrágios dos sindicatos, federações e corporações. A base do Estado reside na Família. Das Famílias nasce o Município. E os Sindicatos se organizam nos Municípios. A organização vem debaixo para cima, nasce do próprio povo.
O Estado Corporativo italiano já não é assim. O impulso parte de cima. É o governo quem tudo organiza até o âmbito familiar, de onde o movimento organizador volta novamente ao Estado, como um reflexo. O mesmo se dá mais ou menos no Estado Corporativo nazista.
As corporações na Itália e na Alemanha refletem o Estado; no Brasil, produzem o Estado.
Estudando-se bem as três doutrinas, verificar-se-á que o Integralismo está num ponto em que não pode se aproximar do Fascismo e do Nazismo sem perda de expressão; mas em que ambos podem evoluir até ele.
(Transcrito das págs. 13 até 18 de “O Integralismo e o Mundo” – 1ª edição – Rio de Janeiro - Civilização Brasileira – 1936 – 290 págs.)



1 Aqui cabe uma primeira observação, pois, tal afirmação e a seguinte, sobre o naturalismo burguês, prestam-se maravilhosamente aos deturpadores das idéias alheias... Nestas duas passagens, Gustavo Barroso não está fazendo mais do que seguir a opinião de Max Weber, que faz surgir o Capitalismo de uma determinada concepção protestante – o calvinismo -, entendendo-a como a retomada de certos valores supostamente pertencentes à Religião Judaica.
2 Aqui – e em duas outras passagens mais adiante -, Barroso labora em grave equívoco: O n.-socialismo jamais defendeu o corporativismo e, uma vez instalado no Poder, uma de suas primeiras medidas foi abolir os Sindicatos, sem os quais não pode existir o Corporativismo moderno.
3 Aos leitores apressados e superficiais, tal declaração de Barroso pode parecer uma confissão de anti-semitismo ou de anti-judaismo. Mas, leiamos com atenção: Barroso está fazendo um contraponto em relação ao nazismo, isto é, enquanto na Alemanha hitlerista os judeus são combatidos por razões raciais, no Brasil, o Integralismo combateria os judeus exatamente por serem racistas. Barroso condena implicitamente o exclusivismo racial alemão, e explicitamente o racismo judaico. Ora, Barroso acreditava na existência deste último, e hoje sabemos o quanto de prevenção existe nesta crença. De qualquer forma, ele não pode ser acusado de racista, uma vez que sua crítica dirigia-se justamente ao racismo! Enfim, o ponto fundamental do parágrafo é a condenação de todo e qualquer racismo pelo Integralismo.

domingo, março 02, 2008

Nacionalismo Espiritualista

NACIONALISMO ESPIRITUALISTA*

José de Freitas Neules**
Há mais de 150 anos – precisamente em 1848, um dos maiores inimigos do gênero humano de todos os tempos, Karl Marx, conclamou os “proletários” de todo o mundo a se unirem para formar um exército que permitiria a um bando de aventureiros sem entranhas alcançar o poder Maximo, tornando-se os verdadeiros Donos do Mundo. Assim esse grupo de apátridas, já que detinha a maior parte do dinheiro e demais valores das nações, formando a Internacional Dourada com sua mão direita, organizou com a mão esquerda a Internacional Vermelha, arregimentando os justíssimos ressentimentos dos milhões de despossuídos. Desde então esses dois braços gigantescos e poderosos (a Internacional Vermelha e a Dourada) se tornaram uma tenaz, apertando todo o globo entre suas garras.
Hoje a Terra dá sinais claros de esgotamento diante da pressão formidável dessa tenaz. Sua ação teve o poder de senão destruir, pelo menos neutralizar todos os efeitos do nacionalismo - isto é, as características próprias de cada povo que lhe dão seu encanto e personalidade peculiares, para reduzi-los a uma uniformidade chata, neurótica e impessoal. É o verdadeiro Mundialismo o fruto do internacionalismo comunista e do globalismo neoliberal, as duas faces da mesma moeda.
Este processo começou pela integração econômica, o padrão ouro, o dólar como moeda mundial, etc. para os bons observadores ele se patenteou já no famoso “Crack” de 1929 da Bolsa de Wall Street, quando todas ou quase todas as economias do mundo se ressentiram. Pois é o caso de se perguntar: que tem que ver os cafeicultores do Brasil, os metalúrgicos da Alemanha e os vinhateiros da Grécia com acesso de histeria coletiva em New York? Nada? Tudo! Prova é que a miséria se generalizou. Provando a unidade econômica do mundo. E o pior é que todo esse processo se traduz num encarecimento da vida: que pode ser lento ou quase imperceptível como nos países “desenvolvidos” ou rápido e até explosivo nas economias inflacionadas. Mas é sempre inexorável. Haja vista a implantação do “Real” em 1994: a transformação dos salários de cruzeiros em reais diante da mesma transformação dos pedaços significaria uma inflação (se os técnicos tivessem se atrevido a medi-la) absolutamente fantástica.
E para quem acha a integração do mundo na economia ruim, há algo muito pior: a integração política. Tentada já em 1919 com a Liga das Nações, ela recebeu incremento total após 1945 com a ONU. Um parêntesis oportuno: em principio a idéia de um organismo super-estatal com poderes de “vigilância e regulamentação” pode parecer até interessante. Mas quais são seus frutos? Ingerência indevida na vida particular dos países em favor do grupelho apátridas super-poderosos, os Donos do Mundo, é só o começo.
Hoje em dia o controle político e mundial já é tão evidente quanto econômico. Quando uma política de genocídio é aplicada com impassibilidade cientifica contra o Iraque desde 1991; quando em plena Europa, o continente mais civilizado e com as personalidades nacionais mais definidas o mesmo tenta contra a Sérvia, ex-Iugoslávia.
E o fato de que toda essa “estratégia” tenha como executantes os pilotos da USAF – profissionais frios que para se eximirem de qualquer resquício de consciência mascam chicletes de maconha e cocaína enquanto despejam suas bombas sobre aldeias e cidades – prova apenas que os super-poderosos Donos do Mundo tem no povo ianque seus subordinados mais dóceis.
Como escapar ao estrangulamento final pelas tenazes dos Donos do Mundo? A única força que resta e que eles não podem dominar é o Espírito, onde se resguarda o valor intrínseco de cada Nacionalidade. Espírito de Identidade Nacional: eis as armas que podem arrebentar as garras aduncas do Imperialismo Vermelho e do Dourado e trazer ao mundo a paz e a harmonia há tanto tempo perdidas.
E para concretizar não falta inspiração, pois neste mesmo século XX que ora termina, existiram milhares de vultos augustos que traçaram o caminho da regeneração nacional via espiritualismo. São eles aqueles Nomes Imortais que após deixarem sua marca entre nós retiram-se ao outro lado da vida, onde bem próximos de Deus permanecem (na linda expressão do Poeta espanhol) “De sentinela às estrelas”: Plínio Salgado; José Antonio Primo de Rivera; Corneliu Codreanu; Leon Degrelle; etc, etc...
* Publicado originalmente no mensário militar “Ombro a Ombro”, do Rio de Janeiro.
** Jornalista – São Paulo – SP.

Estado totalitário e Estado Integral

ESTADO TOTALITÁRIO E ESTADO INTEGRAL*
Plínio Salgado
Os Integralistas querem o Estado totalitário?
Não; os Integralistas querem o Estado Integral.
O Estado totalitário não é a mesma coisa que o Estado Integral?
Não. O Estado totalitário tem uma finalidade em si próprio; absorve todas as expressões nacionais e sociais, econômicas, culturais e religiosas; subordina a Pessoa Humana e os Grupos Naturais ao seu império. O Estado Integral, ao contrário, não tem uma finalidade em si próprio; não absorve as expressões nacionais e sociais, econômicas, culturais e religiosas; não subordina a Pessoa Humana e os Grupos Naturais ao seu império; o que ele objetiva, é a harmonia entre todas essas expressões, a intangibilidade da Pessoa Humana.
Por que motivo os Integralistas não querem o Estado totalitário?
Os Integralistas não querem o Estado totalitário, porque os Integralistas adotam uma filosofia totalista, isto é, tem do mundo uma concepção totalitária .
Não há uma contradição nisso? Se os Integralistas concebem o universo de um ponto de vista totalitário, como é que não concebem o Estado da mesma maneira?
Os Integralistas são lógicos, tendo uma concepção totalitária do mundo e uma concepção não totalitária do Estado. É evidente que, sendo o Estado uma das expressões do mundo, se este é considerado em seu conjunto, o Estado tem de ser considerado como uma "parte" do conjunto. Se adotarmos o Estado totalitário, então‚ é que ficamos em contradição, fazendo uma "parte" absorver as outras partes.
Mas um jornalista escreveu, há dias, que os Integralistas ensinam uma doutrina confusa, porquanto o Estado Forte, o Estado Leviatã de Hobbes compreende a absorção de todos os elementos sociais pela autoridade estatal... Como respondem os Integralistas?
O jornalista ouviu falar em Hobbes, sem ter a menor noção do assunto. Basta dizer que Hobbes é um materialista, um naturalista, ao passo que nós somos espiritualistas. A conclusão a que Hobbes chegava, era a de que o homem não presta, é inclinado aos vícios e à maldade e, por conseguinte, a sociedade tinha de ser governada com pulso de ferro, por um Estado absorvente de todas as liberdades, impondo a disciplina pela Força. Esse‚ o Estado Leviatã hipertrofiado e gigantesco. Ao contrário de Hobbes, um outro filósofo chamado Locke, também materialista, também naturalista, pensava que o homem é bom, que as leis, o arbítrio do Estado é que o tornam mau. Baseado no mesmo materialismo experimental de Hobbes, chegava Locke à conclusão de que cumpria dar a máxima liberdade aos indivíduos, competindo ao Estado assegurar essa máxima liberdade. Bastava isso para que tudo corresse no melhor dos mundos.
Também J. J. Rousseau foi da mesma opinião de Locke. O "homem natural" de Rousseau exprime todo o seu pensamento político. O curioso nisto tudo é que, partindo de um mesmo princípio (o naturalismo), Hobbes separa-se de Locke, porém ambos vão encontrar-se nas últimas conseqüências do Estado Liberal, isto é, no comunismo bolchevista, no estado socialista, que destrói toda a personalidade humana, os grupos naturais, a liberdade. Tanto Hobbes como Locke e Rousseau, são unilaterais. O primeiro considera o Estado e pretende fortalecê-lo contra o Indivíduo. O segundo considera o Indivíduo e pretende armá-lo contra o Estado. Nós, Integralistas, consideramos a autoridade do Estado como uma força mantenedora do equilíbrio, de harmonia, dentro das quais gravitarão inter-independentes e sem choques, os grupos naturais e a personalidade humana. A "autoridade do Estado", para nós, Integralistas, não é "Superior" nem "Inferior" aos outros "valores" sociais e nacionais ("Família", "Corporação" e "Município"; "Cultura", "Economia" e "Religião"). Trata-se de um "valor" diferente, de um elemento de natureza diversa que entra na composição das harmonias sociais e humanas. Mantendo íntegras cada uma dessas expressões humanas, o Estado Integral também a si próprio se mantém íntegro; não entrará nos domínios próprios de cada uma dessas expressões humanas ("Família", "Corporação" e "Município"; "Cultura", "Economia" ou "Religião").
A missão do Estado Integral é manter equilíbrios, sustentar as harmonias sociais. Com esse objetivo, reivindica para si todas as prerrogativas que lhe foram arrancadas e lhe são inerentes mas nem por isso fere os legítimos direitos de cada um dos fatores humanos constitutivos do conjunto nacional
Um Estado Forte não é um Estado totalitário?
Não. Um Estado Forte é aquele cuja autoridade moral se fortalece pelo respeito que esse mesmo Estado vota à intangibilidade da Pessoa Humana e de todas as suas expressões grupais ou sociais. O Estado totalitário seria o Estado Arbitrário. O Estado Integral é o Estado de Direito, o Estado Mediador, o Estado Ético, conforme um principio espiritualista cristão.
O Estado Integral é um Estado Forte?
É o único Estado Forte, justamente porque não é arbitrário, nem absorvente, nem anulador de legítimas liberdades.
Como consegue o Estado Integral ser forte?
Criando a consciência das "diferenciações" dos grupos humanos e das expressões sociais que passam a gravitar harmoniosamente no sentido do bem comum, cada qual com sua própria natureza, sua própria função, seus próprios objetivos. O Estado, por sua vez, penetra-se dessa consciência da sua natureza, da sua função e dos seus objetivos. Princípios imutáveis fixam os limites de ação de cada pessoa e de cada grupo, assim como de cada expressão humana (Cultura, Economia, Religião). O Estado fortalece-se guardando os seus próprios limites e defendendo e sustentando as suas prerrogativas.
Como se entendem as prerrogativas do Estado?
Entendem-se não como direitos, porém como deveres.
O mesmo jornalista acusou o Integralismo de não agir violentamente, para atingir o Poder; outros apontam o Integralismo como doutrina filiada ao fascismo e procuram demonstrar ser este um adepto de Sorel, tanto quanto o comunismo. Que respondem a essas coisas os integralistas?
O Integralismo não tem agido pela violência justamente porque nada tem que ver com Sorel. O autor das "Reflexões sobre a Violência" é materialista, evolucionista, darwiniano. Toda a sua doutrina ‚ baseada no "struggle for life", a tal ponto que preconiza, como etapa indispensável da luta de classe, o fortalecimento da burguesia. Como Marx, que é naturalista e continuador dos economistas liberais, Sorel aceita, integralmente, os mesmos princípios que já estavam em Hobbes, em Locke, em Rousseau. Só o fato de nós sermos espiritualistas evidencia que não somos soreleanos, que não adotamos a teoria da violência, pois seria a negação da nossa doutrina.
A nossa doutrina, a respeito do emprego da força é clara e não admite dúvida. Em princípio, condenamos toda e qualquer sedição; todas as conspirações, todos os golpes de mão; respeitamos a autoridade constituída; esse respeito irá até ao dia em que a referida autoridade já não puder manter o próprio princípio da sua autoridade e já não tiver meios de fazer a Lei, a Constituição serem cumpridas. Se isso acontecer, se praticamente não existir mais autoridade, então será em obediência ao próprio princípio da autoridade que os Integralistas terão o dever de usar da força, caso disponham dela, para evitar desgraças maiores, como a implantação do comunismo ou uma situação de anarquia. Essa doutrina é a própria doutrina da Ordem no que ela tem de mais profundo. Ora, dentro desses princípios, respeitando as leis e as autoridades do país, não somos incoerentes e, sim, afirmamos a nossa coerência e a nossa dignidade de pensamento.
O Integralismo brasileiro não é, então, antidemocrático?
Não; o Estado Integral quer restaurar a democracia que já não existe no Brasil. Não é um destruidor do regime, mas o criador de novos órgãos capazes de revitalizar um regime morto.
* “Madrugada do Espírito” – 3ª edição – São Paulo – Editora das Américas – 1955, págs. 443 até 449. Este Capítulo foi originalmente publicado no Livro “A Doutrina do Sigma”, em 1935.

sábado, março 01, 2008

NACIONALISTAS

Nacionalistas

Cleiton de Oliveira*
Negar o Integralismo como expressão coerente do nacionalismo brasileiro é negar a maior expressão do nacionalismo em terras americanas, e talvez do mundo, pois até o momento não consegui identificar uma filosofia política/cultural mais completa e coerente que o Integralismo.
Nosso passado pode ter sido complexo, mas não podemos considerá-lo como sendo marcado pelo fracasso e nem como perverso, pois se assim fosse não teríamos motivos para nos orgulhar de nossa nacionalidade e de nosso passado histórico; e aí cairia por terra toda e qualquer identidade na qual o nacionalismo se apega como fator de coesão, e a história do Brasil não seria a geradora de nossa consciência de Nação. Neste ponto recomendo a leitura de dois livros básicos de Plínio Salgado: “Como Nasceram as Cidades do Brasil” e “Geografia Sentimental”.
O Integralismo de Plínio Salgado, de Gustavo Barroso, de Miguel Reale, de Tasso da Silveira, de Olympio Mourão Filho, de Victor Pujol, de J. Venceslau Junior, de Olbiano de Mello, e de tantos outros teóricos, é a maior expressão de nacionalismo, por conter preceitos universais válidos em todas as Eras humanas. Mas, não podemos nos privar de estar com um olho muito aberto vertido para o passado e o outro vertido para o futuro, e a consciência atenta para a contemporaneidade.
Somente mais duas notas de Alberto Torres, que deveria ser mais consultado: “A autonomia de um povo nasce em sua consciência: a raiz da personalidade é a mesma, no homem e na sociedade. Ter consciência significa, em seu mais alto grau, possuir, com os poderes de sensações e de percepção, o de formar juízos: juízos concretos, sobre as coisas; juízos abstratos, sobre as idéias. Juízos morais, sobre os sentimentos, que são como a faculdade superior do afeto. O sentimento é a razão da natureza emocional. O postulado de Sócrates: ‘a virtude é a sabedoria’, contém o germe desta verdade psicológica. A base da mais alta virtude humana está na sabedoria da coragem, da moderação e da prudência, externada na conduta, com o equilíbrio indefectível da ‘eudemonia’...” (TORRES, Alberto, O Problema Nacional Brasileiro, Ed. Companhia Editora Nacional, São Paulo, 1978, 2ª ed. p. 47).
E outro texto de Torres, que é fonte de inspiração: “Bem mais próxima de meu pensamento é esta bela observação de Bergson de que a vida sendo a mobilidade, o amor maternal “observável até na solicitude da planta pela sua semente”, ”nos mostra cada geração inclinada sobre a que a seguirá”. A determinação da vida em criar a vida e a do passado e do presente em produzir o futuro são justamente duas idéias capitais de meu pensamento” (TORRES, Alberto, O Problema Mundial, Ed. Digital e-Book Brasil, 2000, www.eBooksBrasil.com, p. 16).
* Σ – Historiador – Goiânia – GO.

Como responder à imprensa burguesa

GRUPO INTEGRALISTA DA GUANABARA - GIG
Fundado em 11 de Maio de 2005
grupointegralistadaguanabara@yahoo.com.br
Como responder à imprensa burguesa.
Uma orientação.
Companheiros!
É inquestionável que os meios de comunicação impressos, particularmente, a chamada “grande imprensa”, move uma feroz campanha de desinformação sobre o Integralismo, veiculando todo tipo de inverdades, calúnias, fantasias, inverossimilhanças, etc., acerca do Movimento Integralista.
Ora, é evidente que seria um absurdo tentarmos processar todos esses órgãos de (de)formação da opinião pública, tanto pela impraticabilidade de tal ato em si, quanto pela clara postura demo-liberal do Poder Judiciário, com a conseqüente infiltração de sua estrutura não só pelo próprio liberalismo, mas, também pelo marxismo e outras ideologias estrangeiras e internacionalistas, que não deixariam passar a oportunidade de ouro de prejudicar a única e autêntica Doutrina genuinamente nacional, o Integralismo, dando ganho de causa aqueles periódicos.
Então, devemos deixar passar em brancas nuvens todos os ataques malévolos da imprensa burguesa ao Integralismo? Não. Obviamente, não. Toda e qualquer agressão da mídia impressa ao Movimento Integralista deve ser revidada, e todo Camisa-Verde é chamado a cumprir o seu dever impugnando o erro, através de correspondência diretamente dirigida ao órgão jornalístico hostil.
Nas linhas subseqüentes iremos expor algumas orientações básicas de como responder de forma eficiente a esses nossos detratores:
1º - Responda tão logo tome conhecimento do artigo, reportagem, nota, etc., adverso ao Integralismo. Não demore em replicar, pois, quanto maior o tempo entre a matéria e a sua resposta, menor o impacto dela sobre a redação do periódico e, portanto, menor a probabilidade de publicação da mesma.
2º - É imperativo evitar-se o uso de linguagem raivosa e ofensiva, seja ao órgão de imprensa visado, seja ao jornalista, editorialista ou articulista responsável. Cartas grosseiras são contraproducentes e acabariam por depor contra o Integralismo. Seja extremamente polido no seu texto e faça mesmo alguns elogios pró-forma, por exemplo, “notável jornal”, “magnífica revista”, “brilhante jornalista”, etc.
3º - As matérias que tratam de Integralismo são totalmente tendenciosas, pouca relação guardando com a Verdade. Assim, é comum que o artigo, reportagem ou o que for, contenha inúmeros absurdos, que nos revoltam e nos deixam indignadíssimos. Todavia, procure fugir da tentação de querer responder a totalidade do texto, de replicar todas as mentiras, pois, ao tentar retorquí-lo em sua inteireza certamente escreverá uma Carta imensa que não será publicada de jeito nenhum, e talvez nem seja lida pelo redator do periódico. Por conseguinte, deve-se escolher um ou dois pontos, aqueles os mais revoltantes, para objeto da Carta. Ao limitar o enfoque da abordagem, obtêm-se simultaneamente uma redação enxuta e um conteúdo preciso. Lembre-se que outros Companheiros também escreverão Cartas, e que provavelmente destacarão aqueles pontos de que você não tratou, logo, você não precisa preocupar-se com eles.
4º - Seja objetivo, sucinto. Tenha em mente que você está escrevendo uma Carta, não um tratado, um livro, um discurso. É apenas uma Carta, uma Carta importantíssima, mas, ainda assim, uma Carta. Uma Carta que será enviada a um periódico, podendo eventualmente até ser publicada, e pensando nisso ela deve ser concisa. Não se perca em divagações, trate com clareza o tema ou temas que você elegeu.
5º - Jamais diga que está falando em nome do Movimento. O Integralismo têm os seus Organismos Oficiais, que se manifestarão, se preciso for, no momento adequado.
6º - Mesmo identificando-se como Integralista, não dê a impressão de participar de uma campanha orquestrada, seja o mais original e espontâneo possível.
7º - Mantenha informado o Núcleo Integralista do qual você faz parte, enviando-lhe cópia da Carta, bem como da própria matéria que suscitou sua iniciativa.
Companheiros, o Integralismo lentamente está construindo seus próprios veículos para formação e informação de uma opinião pública realmente esclarecida e revolucionária, pois, não podemos mais permitir que o Povo Brasileiro continue sendo enganado por uma mídia completamente controlada pelo capitalismo financeiro internacional. Mas, enquanto não cobrimos o Brasil com uma Rede de Periódicos Integralistas, urge que cada um de nós cumpra a sua parte no restabelecimento da verdade sobre o Integralismo, escrevendo aos periódicos burgueses e reacionários todas as vezes que a Doutrina do Sigma for injuriada.
Pelo Bem do Brasil!
Anauê!

Sérgio de Vasconcellos

Grupo Integralista da Guanabara - GIG
Companheiro! Não deixe de conhecer o Portal dos Núcleos Integralistas do Estado do Rio de Janeiro - NIERJ: http://www.integralismorio.org/