sexta-feira, fevereiro 29, 2008

O Integralismo para o Século XXI

O Integralismo para o Século XXI.
Marcelo B. Silveira
Presidente Nacional da Frente Integralista Brasileira
O Integralismo brasileiro, de inspiração Tomista e tendência republicana, surgiu na década de trinta do século passado num momento extremamente propício ao que ele representava. Era uma época de indefinição política. Momento em que o pensamento de homens como Oliveira Viana, Francisco Campos, Mário de Andrade, entre muitos outros, tinha forte influência no meio intelectual. A Ação Integralista Brasileira, meritoriamente soube catalisar muito bem as ansiedades gerais brasileiras em torno da real necessidade da nação amparar-se num Estado forte, propondo-se como um meio perfeito para instrumentá-lo efetivamente, buscando a solução dos graves problemas nacionais de natureza social, econômica, política e moral. Previu os excessos do capitalismo, numa época que poderia ser definida como pré-capitalista; antecipou as mazelas do cosmopolitismo, inseridas no contexto de um país ainda prestes a entrar numa era industrial em maior plenitude; alertou para a conseqüência dos dois anteriores, com os enormes riscos do avanço do marxismo e da lavagem cerebral de adeptos comunistas disfarçados como camaleões nas mais diversas esferas da sociedade; defendeu acertadamente a substituição do Estado liberal democrático e dos partidos políticos por estruturas corporativas nacionais e, principalmente, fez o maior chamado da História do Brasil, até hoje sem qualquer paralelo, para nosso povo emergir da sua secular condição de coadjuvante, finalmente assumindo seu devido papel, nos colocando entre as nações poderosas e predestinadas pelo Criador.
Observando tudo isso, e apesar dos diversos acontecimentos das últimas sete décadas registrados pela história, constatamos que continua mais atual do que nunca a idéia do Estado Integral e dos antigos ideais Integralistas. Por acaso, não temos sido vítimas passivas do imperialismo das nações hegemônicas forjado por uma determinada, e muito bem conhecida, oligarquia financeira? Não vemos agora, quase quatro décadas após a contra-revolução de 1964, o socialismo internacional, fortemente inspirado por Gramsci, partir para mais um insidioso intento de subversão em nosso país? Não presenciamos a prevalência do nefasto coronelismo e da clientela em diversas regiões do solo pátrio? Não notamos com clareza, a continuidade dos mesmos velhos e surrados esquemas políticos e a atuação de partidos que não passam de meras legendas de aluguel sem qualquer sentido social ou institucional? Enganam-se redondamente, pois, aqueles que dizem estar o Integralismo ultrapassado, e que um apelo à volta daqueles antigos ideais, seria como um "regressismo". Essas opiniões, quando não de pobres ignorantes, partem de grupos ou indivíduos ideologicamente comprometidos com quem não tem compromisso nenhum com o Brasil. Essa é a grande verdade!
Portanto, a realidade, respeitando as limitações de sua época, veio cobrir de razão aos primeiros Integralistas que elaboraram uma doutrina que transcende Eras e jamais vai perder a atualidade. Da mesma forma, se faz mais vivo do que nunca um questionamento do chamado projeto iluminista de racionalidade, que não trouxe felicidade alguma à humanidade; mas, que muito pelo contrário, está a descaracterizando continuadamente e a levando, dessa forma, rumo ao mais profundo abismo.
Porém, mesmo o quadro vigente sendo gravíssimo, e observando todas as adversidades repletas nos caminhos que teremos a trilhar, doravante creio do fundo do meu espírito que temos possibilidades extraordinárias pela frente. O mais importante, nesse momento, é a serenidade aliada à coragem. Coragem para colocar as coisas no seu devido lugar e para encarar frente a frente esse bando de nulidades, parafraseando Rui Barbosa, hoje representantes do sistema liberal democrático vigente. Espelho de povos decadentes e mentes impregnadas de valores esquerdistas e fisiologistas, quando não demagogos desonestos, corruptos e aburguesados na sua forma mais vil e dolosa. Vemos com revolta e pesar que os maiores inimigos do Brasil, estas conhecidas prostitutas intelectuais, estão hoje enquistados de forma dominante na política, nas academias e na mídia de massa. Sempre com um discurso barato e repetitivo, repleto de vagas e vãs considerações filosóficas sobre "democracia" e "liberdade". Sempre com interpretações deturpadas sobre o Integralismo e acusações mentirosas na ponta da língua contra os verdadeiros defensores da pátria.
Companheiros, teremos que encará-los de frente sem aceitar intimidações! Mantenhamos a obstinação e a cabeça erguida sendo a única real voz dissidente e mudemos o curso da história! Estejam certos que nada disso é impossível!
A importância do trabalho, que deve alicerçar e dar base para o futuro de uma verdadeira ação Integralista faz sentir intimamente a necessidade de buscar serenidade e humildade, qualidades que nesse momento são imperativas, pois, com o conhecimento da importância para a história do país que carregam homens de vulto como Plínio Salgado, Gustavo Barroso, Miguel Reale, Olbiano Melo, Luís da Câmara Cascudo, Dom Hélder Câmara, Tasso da Silveira, entre outros, cuja memória reverenciamos, homens de gênio, constatamos que as atenções e as responsabilidades de agora se tornam redobradas. Pois, ao mesmo tempo, que não podemos abrir mão de princípios básicos, perenes e atemporais; urge a obrigatoriedade de darmos ao Integralismo a feição do século XXI sem correr o risco de mantermo-nos fossilizados numa nostalgia infrutífera, irrealista e anacrônica. E isso não diz respeito, de forma alguma, a exterioridades ou tipos de mídia e propaganda que surgiram graças aos avanços tecnológicos e que, no momento oportuno serão úteis. Mas aos exemplos e lições extraídos da história, e na ponderada reflexão que deverá traduzir-se na lucidez que deveremos ter para interpretar a palavra dos nossos mestres inspiradores com base na atualidade e inclusive, sabendo utilizar neologismos e eufemismos, quando necessários, para não incorrermos na possibilidade de sermos erroneamente interpretados. Antes de qualquer coisa, temos que ter ciência que deveremos optar por meios diferentes para atingirmos o mesmo fim.
Mas é necessário estarmos preparados para armadilhas e mentiras. Precisamos mudar nossa mente e voltarmos nossas atenções para uma constante vigilância. Devemos fazer um chamado à consciência questionando se realmente temos feito pelo Movimento o que nos cabe e está dentro de nossas possibilidades. Devemos ter fé na inacreditável força adormecida, no poderoso legado que nos foi deixado. Para isso, temos que mudar nossa atitude frente aos obstáculos e à forma de nós empreendermos essa luta árdua. Pois, a revolução interior pregada no passado pelos dois maiores homens do Integralismo, Plínio Salgado e Gustavo Barroso, deve ser agora revivida para essa nova geração tão carente de valores e referenciais. Para essa juventude completamente alienada, que está cada vez mais se apequenando às ilusões de um hedonismo cego sem qualquer noção de abnegação ou espírito de sacrifício pelo bem comum. Para essa burguesia podre e incapaz de enxergar que, enquanto uma enorme massa de compatriotas se encontra na mais abjeta miséria, andarilhos e miseráveis; certos apátridas detentores do poder financeiro internacional, seguros em seus abrigos e mansões, manipulam a política a nível mundial concomitantemente à imposição de um despotismo global que, não tenham dúvidas, pode levar o planeta ao período mais negro de toda sua história.
Brasileiros, o Integralismo, mais do que nunca, É A MAIOR DAS RESISTÊNCIAS!

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